Este texto aborda a dependência emocional sob o olhar da psicanálise, explorando resumidamente suas origens, manifestações e tratamento.

1. O "Objeto Perdido" e a Busca Incessante

A dependência emocional, na maioria dos casos é vista como a busca por algo que foi "perdido" na infância. Freud chamou isso de "perda do objeto", referindo-se à percepção do bebê de que não é o centro da atenção de seu cuidador. Essa sensação pode gerar uma busca contínua por afeto e proteção, que se prolonga na vida adulta.

Nos adultos, isso se manifesta na necessidade constante de garantir a presença e o amor do outro, por medo de reviver a dor da separação. 

2. Manifestações Comportamentais

A dependência emocional se manifesta de várias maneiras, como por exemplo:

• Baixa autoestima: O indivíduo precisa da aprovação do outro para se sentir valorizado;
• Medo de abandono: Um medo intenso de ser deixado leva à tolerância de relacionamentos abusivos;
• Sacrifício de necessidades: O dependente negligencia seus próprios desejos para agradar o outro;
• Necessidade de reafirmação: Busca constante por garantias de afeto, com comportamentos como ciúme ou controle.
  
  

3. Impactos na Qualidade de Vida

A dependência emocional prejudica o bem-estar e as relações interpessoais. Exigir atenção constante cria uma dinâmica desequilibrada, além de limitar o desenvolvimento da autonomia e individualidade do outro.

4. Tratamento Psicanalítico

O tratamento envolve uma análise dos padrões inconscientes que alimentam a dependência. O objetivo é ajudar o paciente a ressignificar suas experiências de apego e perda, promovendo o fortalecimento do ego e desenvolvendo confiança sem depender da aprovação externa.

Na psicanálise, o ambiente físico vai além de ser apenas um lugar onde as sessões acontecem. Ele desempenha um papel fundamental no acolhimento e no processo terapêutico em si. O consultório é o espaço onde o paciente deve sentir-se seguro e confortável, livre para explorar suas emoções, pensamentos e memórias.

A escolha de cores, móveis e iluminação contribui diretamente para criar um ambiente terapêutico eficaz. Cada elemento precisa estar alinhado com a proposta de acolhimento e cuidado que oferecemos. No meu consultório, localizado a 300 metros do metrô Carrão, priorizo um ambiente que equilibre suavidade e elegância, um espaço cuidadosamente pensado para proporcionar bem-estar ao paciente desde o momento em que ele entra pela porta.

Além disso, um ambiente calmo e bem estruturado facilita a criação de um "espaço transicional", conceito importante na psicanálise, onde o paciente se sente seguro para projetar e elaborar suas experiências emocionais. O consultório é, portanto, uma extensão do setting analítico, influenciando de forma sutil o andamento das sessões.

Quando um paciente se sente confortável fisicamente, ele também está mais inclinado a relaxar psicologicamente, o que permite que o processo de cura ocorra de maneira mais fluída.

Prepare-se para mergulhar na minha jornada até esse momento! 

Inicialmente, me formei em Publicidade e Propaganda, segui com uma pós-graduação em negócios digitais pela USP e trabalhei por 13 anos em agências de publicidade.

Mas, adivinha......sempre nutri o desejo de me tornar uma psicanalista! Imagine só, começar do “zero” após tantos anos imersa no universo publicitário!

No entanto, o chamado do meu sonho foi mais forte do que tudo, assim, transformei meu hobby em estudos sérios de psicanálise concluindo minha formação em psicanálise clínica pela IBPC (Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica) em 2024, na sequência já iniciei uma pós graduação em Neuropsicologia, com formação prevista para Junho/25.

Além disso faço parte da Confraria analítica, que é uma escola de Psicanálise de estudo contínuo, ministrado pelo renomado psicanalista  Dr. Lucas Nápoli

Fiz também alguns cursos livres com temas interessantes que agregam ao conhecimento:

• Neurociência percepção e infância - PUCRS
• Comunicação não violenta, empatia e cooperação - PUCRS